Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Marechal Cândido Rondon e Região - SINTRINAL

Notícias » Futuro da Empresa Faville Ind. de Alimentos

Não foi desta vez que a novela envolvendo a indústria Faville teve o seu capítulo final. A assembleia realizada na tarde de ontem (1º), na Sala do Tribunal do Júri do Fórum, em Marechal Cândido Rondon, contou com a presença de credores e funcionários da indústria de alimentos, mas foi suspensa para a apresentação de nova proposta.
A Festiva Indústria de Alimentos, com sede em São Paulo, ofertou R$ 25 milhões para adquirir a fábrica (planta fabril e instalações) e retomar a produção, contra uma dívida que se aproxima de R$ 110 milhões. Trata-se de um grupo poderoso, situado na zona Norte da Capital paulista e que fatura cerca de R$ 1 bilhão ao ano.
A gama de atuação vai além de biscoitos e massas, incluindo bebidas em pó, gelatina, macarrão, importação e exportação de diversos itens. A assembleia contou com a presença de cerca de 100 pessoas e foi presidida pelo administrador judicial Luiz Alberto Leschkau.
“O interesse de quase todos é pela venda da empresa, para que esta volte a atuar. No entanto, o representante do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), Thiago Faria, que não teve direito a voto, comentou que entre a empresa quebrar agora ou no futuro, poderia quebrar agora”, mencionou. Tambem representante do Banco do Brasil não concordaram com a proposta.
Os investidores têm prazo até o dia 1º de agosto para apresentar nova proposta, que depende de renegociação dos ativos que  estão alienados fiduciariamente, pois não integram a recuperação judicial. A nova proposta será votada na assembleia marcada para 11 de setembro, às 14 horas, no mesmo local. Um ponto que merece destaque,  é a necessária inserção de compromisso de contratação dos ex-empregados da Faville, caso a negociação se concretise.
Suspensão
A reunião suspendeu a assembleia, sendo que os credores se reunirão no dia 11 de setembro para bater o martelo e saber qual o rumo da Faville. “Hoje há um interessado em adquirir a planta fabril, ou seja, as instalações operacionais. O valor proposto será direcionado, integralmente, para pagar os credores, de modo que grande parte nada receberá.
Os trabalhadores, no entanto, pelo privilégio de seu crédito devem receber se não a  integralidade, a maior parte do que lhes cabe”, mas contudo seu interesse maior é na retomada dos postos de trabalho, circunstância que beneficia a todos, mesmo os credores, uma vez que estes podem recuperar parte das perdas com a realização de novos negócios. Ganham todos, ganha a comunidade, ganha a economia regional, aumenta a arrecadação de tributos, etc. Assim que houver a retomada da produção, as pessoas que perderam seus empregos poderam ser recontratadas”,
Agora, só resta esperar até 11 de setembro e  torcer para que os bancos aceitem as propostas dos investidores.

 

Data:03/07/2013
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