Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Marechal Cândido Rondon e Região - SINTRINAL

Notícias » Mercado de trabalho tende manter aquecido

O mercado de trabalho tende a se manter aquecido em 2013 e favorável ao trabalhador, segundo o diretor-adjunto de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Corseuil. O cenário de aumento de renda verificado em 2012 irá se repetir neste ano devido a alta na demanda por trabalhadores. “Há uma maior liberdade para os trabalhadores barganharem salários mais altos”, avaliou Corseuil, ao comentar a 54ª edição do boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise, lançado na segunda-feira (4).

Segundo o estudo, a diferença entre os rendimentos de trabalhadores com e sem carteira diminui em 2012. “Apesar da redução, isso não se deve a uma queda no salário dos trabalhadores com carteira”, apontou Corseuil.

O rendimento dos que estão formalizados apresentou aumento de 2% em relação ao ano anterior, porém os trabalhadores sem carteira obtiveram resultado ainda maior, 8%.
O boletim traz um panorama do funcionamento do mercado de trabalho metropolitano em 2012, com a evolução dos principais indicadores da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PME/IBGE). O boletim analisa também o impacto de políticas públicas, como a Lei do Empreendedor Individual, que entrou em vigor entre julho de 2009 e fevereiro de 2010 e aumentou a contribuição para a Previdência e a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). “Esta relação mais próxima entre formalidade empresarial e previdenciária é consistente com o conjunto de incentivos da nova lei, afirmou o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri.
 
Os dados mostram não só a maior formalização entre quem já era autônomo (fluxo passa de 5,63% antes da lei para 8,23% depois da lei), como também a situação de trabalhador autônomo formal se tornou uma porta de entrada ao mercado de trabalho. As transições observadas incluem trabalhadores originalmente empregados que passam a ser microempreendedores e um efeito colateral do programa: o empregado formal de pequena empresa que se torna empreendedor individual. Esse resultado é compatível com a hipótese de algumas empresas - em particular, as menores - trocarem relações de trabalho assalariado pela prestação de serviços com custos reduzidos pela lei. “Não temos como comprovar isso, visto que, na PME, não há como checar se a transição de empregado para autônomo ocorreu sem que houvesse uma mudança no local de trabalho do indivíduo”, ponderam os autores: Corseuil, Neri e Gabriel Ulyssea.
Data:12/03/2013
Fonte: Blog do Trabalho
voltar